Espécie de crustáceo cultiva bactérias balançando as garras sem parar
Cultivar a própria comida não é uma habilidade só do ser humano. Formigas "ordenham" pulgões em troca da substância açucarada que eles secretam. E agora foi descoberto mais um animal "fazendeiro": um caranguejo costa-riquenho. Ele usa as patas e garras para cultivar sua refeição: um jardim de bactérias.
Morador das profundezas do oceano, esse caranguejo se concentra aos montes à beira de fendas que expelem metano e sulfeto de hidrogênio. Os gases nutrem as bactérias que o crustáceo cria nas patas. Para que elas se desenvolvam mais rápido, o bicho fica balançando as garras ininterruptamente, garantindo que os gases circulem pela colônia. "Essa 'dança' é extraordinária e cômica", disse Cindy Van Dover, do laboratório marinho da Universidade Duke, na Carolina do Norte, à revista Nature. "Nós nunca vimos essa estratégia antes", completou.
A descoberta do crustáceo foi descrita em um artigo publicado na regista especializada PLoS One. Quando a comida fica "pronta", o caranguejo usa um aparelho bucal formado por pequenas pinças para "lamber" as patas e se alimentar.
Os cientistas batizaram o animal como caranguejo-Yeti, em homenagem a uma lenda sobre uma criatura mítica do Himalaia, semelhante a um grande símio. No Brasil, o Yeti é chamado de Abominável Homem das Neves. O apelido se deve à cor branca e aos pelos que recobrem o caranguejo. Seu nome científico é Kiwa puravida. Um "irmão" do caranguejo-Yeti, o Kiwa hirsuta, que é ainda mais peludo, foi identificado em 2005, perto da Ilha de Páscoa.
O novo crustáceo foi descoberto por acaso. Os cientistas que o encontraram estudavam as fendas que expelem gases no fundo do mar da América Central e a presença massiva do animal nesses locais chamou a atenção.
Os pesquisadores exploravam o local com um submarino e o piloto pegou um dos caranguejos com a mão mecânica do veículo. "Ele subiu e me entregou na mão essa nova espécie", contou Andrew Thurber, especialista em vida marinha da Universidade do Estado de Oregon, nos EUA. "Foi uma grande surpresa, levando em conta que estão em um local de fácil acesso e em grande quantidade. Há uma tonelada deles, que não são pequenos e estão a menos de seis horas de navio da Costa Rica", afirmou.
A confirmação de que as bactérias são a principal fonte de alimento do caranguejo veio por meio de testes de laboratório. E o crustáceo pode não ter sido o único que viu nas fendas gasosas uma fonte de alimento. Outro tipo de caranguejo (Shinkaia crosnieri) e um camarão (Rimicaris exoculata) também têm esse tipo de bactéria crescendo em seus corpos. Os cientistas querem saber se eles as comem. "Esta forma de alimentação pode ser mais comum do que acreditamos", disse Charles Fisher, ecologista marinho da Universidade do Estado da Pennsylvania, à revista americana.
Morador das profundezas do oceano, esse caranguejo se concentra aos montes à beira de fendas que expelem metano e sulfeto de hidrogênio. Os gases nutrem as bactérias que o crustáceo cria nas patas. Para que elas se desenvolvam mais rápido, o bicho fica balançando as garras ininterruptamente, garantindo que os gases circulem pela colônia. "Essa 'dança' é extraordinária e cômica", disse Cindy Van Dover, do laboratório marinho da Universidade Duke, na Carolina do Norte, à revista Nature. "Nós nunca vimos essa estratégia antes", completou.
A descoberta do crustáceo foi descrita em um artigo publicado na regista especializada PLoS One. Quando a comida fica "pronta", o caranguejo usa um aparelho bucal formado por pequenas pinças para "lamber" as patas e se alimentar.
Os cientistas batizaram o animal como caranguejo-Yeti, em homenagem a uma lenda sobre uma criatura mítica do Himalaia, semelhante a um grande símio. No Brasil, o Yeti é chamado de Abominável Homem das Neves. O apelido se deve à cor branca e aos pelos que recobrem o caranguejo. Seu nome científico é Kiwa puravida. Um "irmão" do caranguejo-Yeti, o Kiwa hirsuta, que é ainda mais peludo, foi identificado em 2005, perto da Ilha de Páscoa.
O novo crustáceo foi descoberto por acaso. Os cientistas que o encontraram estudavam as fendas que expelem gases no fundo do mar da América Central e a presença massiva do animal nesses locais chamou a atenção.
Os pesquisadores exploravam o local com um submarino e o piloto pegou um dos caranguejos com a mão mecânica do veículo. "Ele subiu e me entregou na mão essa nova espécie", contou Andrew Thurber, especialista em vida marinha da Universidade do Estado de Oregon, nos EUA. "Foi uma grande surpresa, levando em conta que estão em um local de fácil acesso e em grande quantidade. Há uma tonelada deles, que não são pequenos e estão a menos de seis horas de navio da Costa Rica", afirmou.
A confirmação de que as bactérias são a principal fonte de alimento do caranguejo veio por meio de testes de laboratório. E o crustáceo pode não ter sido o único que viu nas fendas gasosas uma fonte de alimento. Outro tipo de caranguejo (Shinkaia crosnieri) e um camarão (Rimicaris exoculata) também têm esse tipo de bactéria crescendo em seus corpos. Os cientistas querem saber se eles as comem. "Esta forma de alimentação pode ser mais comum do que acreditamos", disse Charles Fisher, ecologista marinho da Universidade do Estado da Pennsylvania, à revista americana.
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